terça-feira, 30 de agosto de 2016

Brasil x Justiça: Influência do Tráfico ou tráfico de influência?



Vale a leitura até o final, mas fique à vontade para ler as primeiras linhas e fazer um juízo parcial do que escrevi. Você tem este direito. Mas esteja ciente que se isto acontecer a culpa será tão somente sua.

A estrutura jurídica brasileira está apresentando aos mais esclarecidos uma incapacidade de julgamento com base na verdade, tal qual sempre se espera da lei. Se não existe verdade em que se basear, que ela seja procurada, e encontrada. Da mesma forma o crime: que ele seja buscado incessantemente e posto à luz da verdade, para daí podermos julgar com clareza de fatos e verdade. Mas, quando Albert Camus escreveu em "O Homem Revoltado" a frase: "A Filosofia pode servir para tudo, até mesmo para transformar assassinos em juízes.", decerto, não sabia ele que a Filosofia a que se referia se chamava Direito. O mesmo está bastante subserviente ao "tráfico de influência" no Brasil.

Quem nunca perdeu causa ganha somente pelo fato de ter menos influência que o réu na ocasião? A justiça brasileira só é chamada para legitimar os crimes, e mesmo quando há condenação, já se sabe que cabe recurso, o que significa dizer que sempre o infrator tem uma segunda chance. Quer o julgamento seja de Dilma, ou de Temer, ou de Lula, ou de Lewandowski, ou de Cunha, ou de Renan, ou de qualquer outro cidadão, aquele que tiver o maior poder de barganha - e não o inocente de fato - ganhará a causa. São raros os casos em que o "poder de barganha" não é utilizado para resolver causas judiciais neste país. Isto me preocupa e deveria preocupar a cada um dos brasileiros a comentarem nas páginas de jornais, mais do que questões ligadas a partidarismos.

A reflexão a que chamo é: A justiça Brasileira é capaz de pôr Ordem e Progresso neste país? Que me desculpem os mais exaltados, mas não é com partidarismo nem com xingamentos entre si que poderemos resolver as questões mais importantes deste país.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Morrem os sonhos, morre a mística do Brasil, morrem pessoas, morrem pessoas. Temos no agora o tempo de rasgar as máscaras

Estou estarrecido com o que aconteceu. Minha sobrinha, estudante de uma Escola de Maceió. 10 anos, um coração enorme, sonhos, boa vontade em ajudar as pessoas, mesmo que em troca receba algum tipo de violência. E se fosse ela? penso assim e meu coração se entristece mais do que o normal, porque quero olhar na cara de todos, e entender o porque de não reagirmos contra a vida medíocre que vivemos. Quantos idiotas meu Deus, que ainda vão se concentrar no ódio sem nexo humano de um assassino sem futuro e sem perspectivas humanas. Até quando o fingimento resolve as coisas? até quando deixaremos para amanhã a necessidade de resolver as tristezas do coração da sociedade, e do nosso próprio coração? Quantas fachadas, quanta mediocridade, quanto fingir que não é com você, que não é da sua conta! É este o rapaz culpado pela loucura? Qual o preço de sua cabeça, que certamente acalmará o seio dos sequiosos por justiça, por resposta violenta à violência?

Já esta semana, em plena segunda-feira, fui silenciado pela notícia do assassinato do pai de um aluno meu. Fiquei sem reação no momento que sua mãe chegou com ele e falou: "Ele não vai poder vir hoje à tarde, porque mataram o pai dele ontem à noite". Estarrecido, fiquei sem palavras, e senti um aperto no peito como se ele fosse meu filho, e eu fosse o pai vitimado pela violência.


A sociedade, a vida, os amores, o trabalho, o lazer, enfim, tudo o que conhecemos como certo, real e verdadeiro perde o sentido. Como sorrir.


Isto é mundo, isto é o que fazemos dele. Os loucos só se criam onde existe ignorância. Eles se alimentam disso para tornarem a vida mais bárbara do que já é. Estou no aguardo de pessoas que possam e queiram conversar mais do que um oi e um não quero falar sobre isso.


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Escritos do sono

Começa aqui uma série de postagens de algumas de minhas poesias do tempo de adolescente, bem como, na medida que surgirem, postagens de novas criações. Não posto com frequência porque sou desajeitado mesmo.

Eis aqui uma poesia bem antiga, mas que gosto muito.

Escritos do sono

E a angústia me encontra
deitado na noite.
Meu peito em chamas... chama.
Escrito o poema,
amanhece o dia
e a parede enegrece...
...em linhas.

Maiêutica do nó na garganta

Eis um poeminha de ônibus, escrito a caminho do curso noturno.

Maiêutica

Num gole de ar
senti-me, provei-me, gostei-me
num simples gole de ar
o sabor da simplicidade,
o sabor do que existe,
o sabor de mim mesmo.
Um pouco de doçura
entre os dias de azedume.

E assim, delicadamente,
fui sorvendo o ar rarefeito das tristezas
em pequenos goles,
transformando-as maquinalmente
para não me engasgar
com aquelas mais graúdas.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Um pouco dos meus estudos no momento - Quem foi Albert Camus?


Albert Camus (1913-1960) Foi um filósofo e escritor Argelino, que sintetizou em suas obras literárias e filosóficas, bem como nas suas peças teatrais, um elemento de sublime sensibilidade e de difícil definição teórica: O Absurdo. Suas duas grandes obras de cunho filosófico foram O Mito de Sísifo (1942) e O Homem Revoltado (1951), sendo esta primeira mais especificamente a obra que trata dos elementos filosóficos do Absurdo, e a segunda uma explanação mais apurada e madura do que seria um continuum da experiência absurda, isto é, a Revolta. O Absurdo, para Camus, é o prenúncio de uma possível revolta. É bem verdade que Camus se perde num ateísmo de achincalhamento, tendência de época, mas suas obras apresentam uma profunda sensibilidade ante a vida e ante a condição humana de nunca poder absorver a verdade sobre si e sobre o mundo. Na literatura, sua grande e mais conhecida obra é O Estrangeiro (1942), que apresenta ainda timidamente - já que a escreveu com 29 anos - as bases teóricas do homem absurdo, aquele que não aceita sua condição de criatura, tal qual nos mostra O Mito de Sísifo, de origem grega. Fora esta obra e suas produções filosóficas, ainda temos obras primas como Estado de Sítio (peça teatral que, na visão de alguns críticos, figura o devaneio irracional nazista da II Grande Guerra), O Exílio e o Reino ( uma coletânea de contos onde num deles territorializa uma história em solo brasileiro), A Peste (tomada de vários sentidos, entre eles mostra um pouco do individualismo capital que toma conta do homem moderno, sempre preocupado consigo e esquecendo do todo), entre outras, como A Queda, Calígula e A Morte Feliz.

Mas talvez a obra que mais toque o público seja O Primeiro Homem, obra autobiográfica que expõe para o mundo as dificuldades de Camus para se fazer homem, em meio à miséria e o sol da Argélia, no Norte da África. Talvez nenhuma de suas obras consiga despertar amor pela figura de Camus quanto esta, que foi encontrada junto ao seu corpo quando do acidente que lhe vitimou aos 47 anos, de forma precoce e absurda. Nesta obra, ele narra com detalhes a falta que seu pai fez na sua infância, morto precocemente aos 27 anos na I Grande guerra, como bucha de canhão em meio a vários outros inocentes, por uma causa inútil aos olhos de qualquer pessoa de bom senso. Narra o amor por sua mãe Catherine Sìntes- doméstica que nem mesmo sabia ler e escrever, mas que lhe doou todo o amor que tinha, sustento e sonho em meio à pobreza; e a profunda gratidão por seus Professores - M. Germain e Jean Grenier - este último que o conduziu ao Liceu, impossível para os pobres na época, e o primeiro, que praticamente o adotou culturalmente e lhe permitiu desenvolver sua sensível genialidade, precocemente detectada. Depois de adulto, Camus foi morar na França devido a perseguições políticas e sofridas na Argélia, entre outras razões pessoais. Acabou por ficar conhecido no meio acadêmico como filósofo niilista e existencialista, tendo negado estas classificações por toda a vida. O Primeiro Homem é uma obra inacabada, mas leitura prazerosa para todo aquele que quiser estudar mais este autor.

Muitos talvez nem saibam, mas Camus era apaixonado por futebol. Brasileiro no sangue, pelo que nos parece. Não sabem também que ele esteve no Brasil no ano de 1949 e, acompanhado por Oswald de Andrade, conheceu muitas cidades brasileiras. Conheceu Recife, o que chamou de "Florença dos Trópicos", entre outras cidades do nordeste e sudeste brasileiro. Nesta viagem pelo país do futebol, se encantou ao ponto de figurar nele seu último conto em vida: "A Pedra que Cresce", citado acima, no livro O Exílio e o Reino. Chegou mesmo a dizer que a visita ao Brasil foi algo bom que não tinha lhe aconteciddo em uma dezena de anos. Diz-se até que seu primeiro pedido ao chegar ao Brasil foi ver uma partida de futebol, tal era seu prazer desde a época do ginásio, quando era goleiro do time.

Bom, ler comentários nunca é tão interessante quanto ver as obras, mas quem quiser ver a Bibliografia mais detalhada deste filósofo ants de ler suas obras, segue um link:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Camus

Ou para quem quer ver o resumo de sua obra O Mito de Sísifo:

http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Mito_de_S%C3%ADsifo


domingo, 31 de maio de 2009

"O pensar nada mais é do que a maturação da boa ação"

Bom pessoal, sejam bem vindos a este espaço interativamente virtual, onde pretendo colocar um pouco daquilo que sou e penso, bem como abrir espaço para que outros Nós apresentem o que também têm de Bom. Abraços a todos!!!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Precisava chegar, cheguei...



Oi Pessoal. Tô chegando agora, e precisava chegar. O mundo gira muito rápido: ora somos protagonistas, ora espectadores. Agora dá licença, que vou atuar um pouco neste teatro de horrores e de glórias chamado vida! Vou pensar em alguns "posts" interessantes para que minha empreitada blogária não soe inútil! Logo logo tem novidades...